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          HISTÓRIA E LEGISLAÇÃO

 

          Os parabenos foram introduzidos no mercado em 1930, sendo que passaram a ser utilizados em diversos áreas, desde da indústria alimentar à farmacêutica, passando a estar presentes essencialmente nos produtos cosméticos e de higiene corporal (PCHC).

 

          Isto deve-se essencialmente às suas propriedades antimicrobianas que foram descobertas por Sabalitschka em 1924. Mas só em 1996, a US Environmental Protection Agency reconheceu os parabenos como seguros, permitindo uma concentração total de 0,8% para o metil-, etil-, propil- e butilparabenos em todos os produtos cosméticos. Este limite também foi adotado nas regulamentações da União Europeia.

 

          Mas hoje em dia a segurança destes composto está a ser posta em causa, após vários estudos que tentam provar uma relação entre o seu consumo/uso e o cancro da mama, bem como o aparecimento dos mesmos na urina e no leite materno (Cashman and Warshaw, 2005).

               

          Atualmente, o regulamento do Parlamento Europeu, em vigor desde 2009, permite a presença de parabenos em preparações cosméticas até 0,8% para misturas de ésteres e 0,4% no caso de ser apenas um éster. Em 2011, a Dinamarca baniu os parabenos dos produtos de cuidado pessoal que se destinam a crianças com idades inferiores a três anos. Esta decisão foi tomada com base na possibilidade de ocorrer uma absorção sistémica, pois a pele das crianças são mais sensíveis e as funções de barreira ainda não estão completas, e também o seu metabolismo ainda não está totalmente desenvolvido. Nos EUA a regulamentação permite as mesmas concentrações que a Europeia, sendo que a segurança dos ingredientes usados nas diversas formulações é avaliada pela Cosmetic Ingredient Review (CIR) e esta avaliação é validada pela Food and Drug Administration (FDA). Mas é importante relembrar que as recomendações dadas no CIR são apenas guidelines, e não são obrigatórias. No Canadá não existe nenhuma legislação relativamente aos parabenos, embora Health Canada mantenha uma posição concordante com a FDA (Kirchhof and de Gannes, 2013).

 

 

 

  • Cashman, A.L., and Warshaw, E.M. (2005). Parabens: a review of epidemiology, structure, allergenicity, and hormonal properties. Dermat. Contact Atopic Occup. Drug 16, 57–66; quiz 55–56.

  • Kirchhof, M.G., and de Gannes, G.C. (2013). The health controversies of parabens. Skin Ther. Lett. 18, 5–7.

 

 


 
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